SERGIO MESQUITA

Avaliação em saúde, redes sociotécnicas e translação do conhecimento (Saúde em Debate)

Avaliação em saúde, redes sociotécnicas e translação do conhecimento (Saúde em Debate)

O livro está organizado em quatro blocos, que reagrupam dezesseis capítulos, elaborados com a participação de mais de meia centena de autores para, de uma forma sequencial, olhar a temática da avaliação em saúde de diferentes ângulos e pontos de vista – os aspectos conceituais que constroem e sustentam a articulação entre os temas; os usos desses conceitos nas pesquisas avaliativas em saúde; a relação entre esses temas e gestão de projetos em saúde; e experiências de estudos avaliativos e as redes sociotécnicas, realçando a relevância da interligação da avaliação em saúde às redes sociotécnicas e à transferência de conhecimentos, como desafios para a construção participativa da Saúde Global. O livro se afigura de interesse tanto para os estudiosos da área acadêmica e técnicos da avaliação em saúde quanto para o fortalecimento dos sujeitos dos processos de saúde, com ênfase para a compreensão dos processos e mecanismos de transferência de conhecimento que informam a tomada de decisão. — António Pedro Delgado Médico, mestre em Saúde Pública e doutor em Saúde Internacional Professor na Universidade de Cabo Verde.

O Estilo Chanel: a moda e os aspectos de uma história

“O Estilo Chanel: a moda e os aspectos de um história”, de Mônica Abed Zaher, é o mais recente lançamento de Edições Verona.
Esse e-book apresenta um estudo sobre as mudanças efetuadas no vestuário feminino por meio das propostas de Gabrielle Bonheur Chanel, criadora de um estilo que facilitou a vida das mulheres do século XX, foi largamente copiado e até hoje se faz presente nas composições de vestimentas, nas atitudes e nos hábitos. O olhar de Mônica Abed Zaher, para a moda, não está orientado pelas limitações dos últimos lançamentos, das vitrines ou do exibicionismo infrutífero do uso dos produtos e marcas, mas para o reflexo de tais hábitos no cotidiano das sociedades. Com isso, a moda é vista como uma forma de comunicar, agrupando e identificando pessoas com intenções afins. Movimentos culturais e políticos se configuraram dentro da cultura de moda e até se utilizaram dela para contestar, representar, reivindicar. Isto posto, a autora analisa os rumos da moda dentro da nova realidade mundial: a necessidade de ampliar projetos de sustentabilidade e cooperação — por meio de processos de customização e reutilização de roupas —, especialmente diante da nova realidade mundial que se configurou desde o início da pandemia de COVID-19.

Memórias e comemorações: o Centenário da Imigração Italiana na região da Ex-Colônia Silveira Martins (1975-1993)

O e-book de Juliana Maria Manfio, que, agora, vem a público (Edições Verona), é fruto do IV Prêmio Sandra Jathay Pesavento Teses, do X Simpósio Nacional de História Cultural, realizado em outubro de 2022, pelo GT Nacional de História Cultural. Na verdade, entre 1975 e 1993, a ex-colônia Silveira Martins – atuais municípios de Silveira Martins, Ivorá, Faxinal do Soturno, São João do Polêsine, Nova Palma, Dona Francisca e Pinhal Grande – organizou e vivenciou as festividades alusivas ao Centenário da Imigração Italiana. Localizada na região central do Estado do Rio Grande do Sul, o local foi colonizado por imigrantes italianos no final do século XIX. O quarto núcleo de colonização diferenciou-se dos três primeiros situadas na região da Serra (Dona Isabel, Campos dos Bugres e Conde d’Eu), por não fazer parte das comemorações oficiais do Biênio da Colonização e Imigração, instituído em 1973 e solenizado entre 1974 e 1975. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho é compreender o ato de festejar o Centenário da Imigração Italiana no quarto núcleo de colonização, identificando os eventos festivos, sua participação e a organização, percebendo os elementos de construção de uma memória e de uma narrativa identitária. Compreender como essas comunidades planejaram as festividades do Centenário, buscando entender as diferentes dinâmicas internas das manifestações festivos é a justificativa para este livro. Para desenvolver essa pesquisa, foram utilizados documentos oficiais (relatórios, decretos, leis sobre o Biênio), jornais, fotografias, folders, monumentos, entre outros, que indicavam para as festividades ocorridas na região colonial. As festas foram compreendidas como o ato de celebrar e construir uma memória e uma narrativa identitária sobre o processo imigratório italiano. Para isso, são apresentados os monumentos, os capitéis, as canções, a gastronomia, os desfiles, as missas como elementos da fé e da cultura, sendo construtores de uma narrativa identitária entre os descendentes. Evidenciaram-se, na pesquisa, as atividades, os meios e os agentes que proporcionaram a construção de uma narrativa identitária durante as comemorações do Centenário da Imigração Italiana na Colônia Silveira Martins.

LGBTFOBIA: Uma história de criminalizações

LGBTFOBIA: Uma história de criminalizações

“LGBTFOBIA: Uma história de criminalizações”, de Alexandre Nogueira Martins, é um lançamento que marca o início de uma promissora PARCERIA entre Edições Verona e a Editora Hucitec. Ademais, cabe salientar que este e-book atesta a excelência de um jovem pesquisador, dotado de uma notável acuidade analítica construída no diálogo consistente entre a pesquisa empírica e a elaboração teórica. Ao analisar a espinhosa relação entre o ativismo LGBT e o sistema de justiça criminal, Alexandre Martins constrói um quadro analítico e teórico inovador, articulando questões postas pela sociologia dos movimentos sociais, por estudos sobre a governamentalidade neoliberal e pela criminologia crítica. É de se notar — e enfatizar – o domínio de um amplo leque de obras e autores de referência nesses campos de pesquisa e debates acadêmicos, formulando com competência e acuidade teórica suas próprias questões e a tese central de seu trabalho e que pode ser resumida na noção de uma “racionalidade criminalizante” que Alexandre Martins identifica nos ativismos hegemônicos.”

História da alimentação infantil no Rio de Janeiro (1889-1930): Amas, leites e farinhas

“História da Alimentação Infantil no Rio de Janeiro (1889-1930): Amas, leites e farinhas” é um estudo acerca da alimentação de crianças entre os anos de 1889 e 1930. Mais especificamente, neste livro, a autora busca analisar a relação estabelecida entre a mortalidade infantil e os alimentos destinados à primeira infância na virada do século XIX para o XX. De um lado temos a ação de médicos, intelectuais e filantropos preocupados com a saúde da criança e as ações do Estado na tentativa de organizar a fiscalização de alimentos na cidade do Rio de Janeiro. Do outro lado, estava o surgimento de um mercado de leite – de uma indústria de alimento, humano (as amas de leite) e animal (sobretudo o leite de vaca), responsável por integrar as práticas alimentares da vida carioca. Em resumo, esta obra busca explorar a construção de políticas e ações destinadas à proteção infantil, que se delinearam na cidade, nos primeiros anos dos Novecentos.

LiceuOnline: olhares interdisciplinares sobre o Brasil (cultura, política e sociedade)

O projeto do Liceu Online nasceu no verão de 2019, nas dependências da Faculdade de História da Universidade Federal de Goiás, como desdobramento de discussões acerca do panorama intelectual, no Brasil atual, e da necessidade urgente da criação de uma ágora virtual, onde fosse possível o debate humanístico. O projeto desta Coletânea surgiu da idealização dos historiadores Cristian de Paula e Lucius Jacob, a partir da preocupação destes em reunir pesquisas críticas sobre a História do Brasil e, além disso, relacionando-as com o mundo. (www.liceuonline.com.br).

Afetos do conservadorismo: Tudo Bem (Arnaldo Jabor, 1978) : desnudando a classe média brasileira

O livro Afetos do Conservadorismo: Tudo Bem (Arnaldo Jabor, 1978) – desnudando a classe média brasileira, propõe investigar, historicamente, o longa-metragem Tudo Bem (Arnaldo Jabor, 1978), com o intuito de estudar o setor conservador da classe média urbana brasileira, problematizando as relações entre Arte e Sociedade dentro do campo de História-Cinema. Tomando como fontes principais as críticas de arte, roteiro e versões audiovisuais do filme, indagando-as a partir de uma interação interdisciplinar com os Estudos Literários e a Psicologia Social (tendo como ferramenta teórico-metodológica central a Estética da Recepção de Wolfgang Iser – nas perspectivas de Alcides Freire Ramos e Rosangela Patriota), entende-se que: frente à Crise Petrolífera Mundial (1973 – 1979), insatisfeitos com a gestão do Governo Ernesto Geisel (que privilegiava o pagamento dos capitais estrangeiros ao invés de resolver o problema econômico dos assalariados) para conter a corrosão monetária, a Família Barata, por meio do conflito entre os Fantasmas (Integralistas, Industrial e Poeta) da memória histórica do patriarca Juarez Ramos Barata, representada de forma psicológica, decide deixar seu nacionalismo de lado e se unir com uma nova multinacional: um comportamento conservador. Tudo Bem, então, desnuda os afetos do conservadorismo (Angústia, Culpa e Medo), que dão o ritmo, que são a causa, da ação do patriarca, impedindo-o de tomar rumo diferente na conjuntura da abertura política, fazendo-o refém da ideologia de matriz colonial, dependente, do projeto vencedor da plutocracia brasileira: católica e capitalista.

Quasar Cia. de Dança “No Singular” (2012): Recepções, Estética e Hermenêuticas

O contato com a História Social da Arte tornou possível unir dois campos de estudos que fazem parte dos interesses do autor. Quando, ainda na graduação, foi questionado sobre a possibilidade de pesquisar dança, logo prontificou-se à empreitada e, de imediato, veio à sua mente a possibilidade de estudar a “Quasar Cia. de Dança”, atuante na cidade em que nasceu e que fez parte da sua adolescência. Além disso, apresentou-se como algo que realmente seria inovador para Mazza, já que a subjetividade da linguagem coreográfica, não raras vezes, despertava-lhe sentimentos complexos e difíceis de explicar. A partir desse momento, o autor do e-book percebeu que era necessário aprofundar aspectos formais necessários à pesquisa. Primeiro, a escolha de uma fonte a partir do levantamento do que estava disponível sobre a companhia. Por meio do contato com a diretora-geral da Quasar, Vera Bicalho, alguns registros fílmicos completos de espetáculos foram disponibilizados. A escolha de analisar o espetáculo “No Singular” (2012) ocorreu, principalmente, em razão da formatação desse registro. Embora ele não esteja gravado em formato DVD, o arquivo digital conta com uma grande quantidade de informações sobre o espetáculo, além de uma edição de vídeo completa. Isso chamou a atenção de Mazza para as várias possibilidades de diálogo, que poderiam ser travadas com essa fonte.

História ocupando espaços virtuais

História ocupando espaços virtuais (Liceu Online)

O projeto do Liceu Online nasceu no verão de 2019, nas dependências da Faculdade de História da Universidade Federal de Goiás, quando João Paulo Arrais, Rafael Gomes Nogueira Pereira e Cristian de Paula Sales Moreira Junior, então discentes de Mestrado no Programa de Pós-graduação em História, discutiam sobre a situação intelectual no Brasil e a urgência da criação de uma ágora virtual onde fosse possível o debate humanístico longe de polarizações e emotivismos. O nome Liceu é uma homenagem, e inspiração, à escola (???????) fundada pelo filósofo Aristóteles – nosso patrono e uma das principais referências. Tal qual no ginásio de Aristóteles, os editores chefes deste site discutiam, nos intervalos das aulas do PPGH, diversas questões enquanto caminhavam peripateticamente tomando um cafezinho. Com a riqueza e calor das discussões, percebeu-se que era necessário compartilhar o conhecimento das conversas em um ambiente virtual e, então, o site foi inaugurado, um ano depois, no verão de 2020. A intenção do site é publicar artigos e ensaios humanísticos, das mais diversas áreas, que possam contribuir para o esclarecimento e formação perante os acontecimentos de uma sociedade cada vez mais complexa e difícil de entender. Desse modo, tudo aquilo que possa ajudar no entendimento da realidade (seja ela social, filosófica, antropológica ou histórica) é de estima d’O Liceu Online. Agora, o projeto avança e toma uma forma ainda mais comprometida com esse objetivo. Neste livro, o primeiro a ser publicado pelo Liceu, selecionamos artigos especiais, considerados por nós como imprescindíveis para a compreensão de nossa realidade político-intelectual. O livro está dividido em duas seções, correspondentes aos grandes temas que circunscreveram as publicações do site no primeiro semestre de 2022. Nós, d’O Liceu, damos as boas-vindas aos leitores e trabalharemos, o máximo possível, para entregarmos escritos, entrevistas e reflexões de qualidade para todos!