Alcides Freire Ramos

Educação, Democracia & Diretos Humanos; pautas para a contemporaneidade

“Educação, democracia & diretos humanos; pautas para a contemporaneidade” é uma obra resultante das atividades de pesquisa do Grupo Interdisciplinar de Estudos Culturais e Linguagens na Contemporaneidade (GIECLC), da Linha de Pesquisa Culturas e Artes na Contemporaneidade, do Programa de Pós-Graduação em Educação, Arte e História da Cultura, da Universidade Presbiteriana Mackenzie (PPGEAHC/UPM), que contou com o apoio do Mack Pesquisa (Fundo Mackenzie de Pesquisa e Inovação), bem como recebeu suporte da Rede Internacional de Pesquisa em História e Culturas Contemporâneas (RIPHCC). Os textos presentes nesta coletânea versam sobre as articulações entre Educação, Democracia e Direitos Humanos, como pautas urgentes para a contemporaneidade. Assim, a ideia é propor um canal de diálogo e reflexão sobre o nosso conturbado contexto atual, a partir das experiências e perspectivas de diferentes pesquisadores.

História cultural: reflexões contemporâneas

É com alegria e orgulho que estamos lançando a presente Coletânea, intitulada “História Cultural: reflexões contemporâneas”. Ela é fruto das discussões ocorridas nos eixos temáticos, durante o último evento do GT Nacional de História Cultural. Esse grupo, desde 2001, vem mantido ativo o espaço de debates em torno de temas já consagrados no âmbito da História Cultural, sempre estimulando reflexões acerca de perspectivas teóricas e metodológicas, que dão base para os campos de interlocução do historiador cultural. A nona edição do evento, ocorrida em 2018, se propôs a esquadrinhar, de maneira aprofundada, uma temática de grande interesse para os historiadores, a saber: “Culturas – Artes – Políticas / Utopias e distopias do mundo contemporâneo: 1968 – 50 anos depois”. Esse tema central permitiu muitas possibilidades de trabalho, os quais poderão ser, agora, desfrutados pelos leitores interessados em aprofundar seus conhecimentos. Com efeito, os leitores terão a oportunidade de encontrar uma pequena, porém rica, parcela das discussões e reflexões oriundas do campo da História Cultural, apresentadas por autores de diferentes instituições, os quais, apesar de suas especificidades, possuem como elemento orientador a interdisciplinaridade e o exercício de acuidade teórico-metodológica. Sendo assim, os problemas centrais ofereceram a oportunidade para refletir acerca das diferentes maneiras de produzir conhecimento em História em sua interface com as questões teórico-metodológicos atinentes aos diálogos com as memórias, com as artes e com o pensamento político. Na verdade, nas últimas décadas, os horizontes investigativos e de pesquisa do Historiador Cultural ampliaram-se, sobretudo graças aos estímulos proporcionados por temas e objetos privilegiados pelos historiadores que se voltam para esse campo. Com esta breve apresentação, esperamos que a diversidade e riqueza de análises reunidas nesta coletânea possam encantar e inspirar nossos leitores.

Memória coletiva, memória individual e História Cultural

O tema central desta coletânea (“Memória Coletiva, Memória Individual e História Cultural”), de fato, permite e estimula muitas possibilidades de trabalho. Como organizadores, nossa proposta inicial era exatamente oferecer um espaço de interlocução de modo que pesquisadores diversos, e em momentos diferentes de suas formações, pudessem apresentar suas ideias publicamente e de maneira produtiva, colocando-as à disposição para serem debatidas. Acreditamos, salvo melhor juízo do leitor, que nosso objetivo foi alcançado. Com efeito, frutos do esforço de pesquisadores experientes como André Luis Bertelli Duarte, Francisco de Assis de Sousa Nascimento, Heloisa Selma Fernandes Capel, Irene Vaquinhas, Julierme Morais, Nádia Maria Weber Santos, Paulo Roberto Monteiro de Araujo, Regina Weber, Rodrigo de Freitas Costa, Thaís Leão Vieira e, por último, mas não menos importante, Alcides Freire Ramos e Rosangela Patriota, as reflexões aqui publicadas oferecem a oportunidade para refletir acerca das diferentes maneiras de produzir conhecimento em história em sua interface com os debates teórico-metodológicos atinentes aos diálogos com as memórias. Com efeito, nas últimas décadas, os horizontes investigativos e de pesquisa do Historiador Cultural ampliaram-se, sobretudo graças aos estímulos proporcionados por temas e objetos privilegiados pelos historiadores que se voltam para esse campo. O propósito desta coletânea, que agora chega às suas mãos, é o de enfrentar tanto desafios teóricos e interpretativos, quanto analisar procedimentos e práticas atinentes ao ofício do historiador que se volta para a História Cultural. Por fim, antes de colocar o ponto do final nesta breve Apresentação, cabe-nos desejar a você, caro leitor, uma boa viagem, tendo como bússola as ideias contidas nas páginas que seguem…

História Cultural: Memória e Sociedade

“História Cultural: Memória e Sociedade” esse é o eixo que articula, em termos temáticos, a presente coletânea, que é fruto de uma iniciativa do GT Nacional de História Cultural, grupo que tem se mantido ativo e atuante desde a sua fundação, ocorrida em julho de 2001.
Se em publicações anteriores, promovidas pelo GT, temas como Sensibilidades, Sociabilidades, Imagens, Linguagens, Representações, Paisagens e/ou as Escritas da História foram os eixos norteadores, nesta nova iniciativa, por decisão do Comitê Científico do GT, a presente coletânea se propõe a esquadrinhar, de maneira aprofundada, uma temática de grande interesse para os historiadores, a saber: as interfaces existentes entre História Cultural, as memórias individual e coletiva. Com efeito, trata-se de um assunto que continua mobilizando o conjunto dos historiadores, mas o interesse, aqui, não era o de discussões demasiadamente amplas, descoladas de objetos específicos. Pelo contrário. A escolha dessa perspectiva de investigação nasceu, em primeiro lugar, da vontade dos integrantes do GT em estudar algo específico: o impacto das diversas dimensões da memória sobre a História Cultural. Assim, depois de delineados os contornos gerais da proposta, pensou-se no aprofundamento dos diálogos teóricos e metodológicos que dão sustentação às nossas pesquisas. Esse aprofundamento das reflexões em torno das possibilidades de diálogo entre as memórias individual e coletiva com a História Cultural teve como resultado, pouco a pouco, um profícuo entrecruzamento com temas e/ou objetos de pesquisa mais especificos: teatro, cinema, fotografia, literatura, entre outros. Portanto, nas páginas que seguem, o leitor encontrará estudos de autores diversos, alicerçados em pesquisas sólidas e inspirados por essa perspectiva mais ampla, ou seja, a de descortinar as múltiplas articulações possíveis entre a História Cultural e as memórias individual e coletiva. Enfim, essa brevíssima apresentação é, acima de tudo, um convite para que você, leitor, mergulhe com curiosidade em nossas discussões.

Circularidades políticas e culturais: formas – circuitos – recepção

Circularidades Políticas e Culturais têm sido o eixo temático que congregou um grupo de pesquisa estruturado internacionalmente. Criado no ano de 2010, ele promove reuniões alternadas entre Brasil e Itália com o intuito de ampliar e renovar sua interlocução, tendo sempre como horizonte o campo da circularidades. Após a publicação de Circularidades políticas e culturais: percursos investigativos (Hucitec, 2012), Circularidades políticas e culturais: fronteiras – linguagens – cidadania (Edições Verona, 2015), Politica in Scena – teatro e cinema tra Europa e America Latina (Euno Edizioni, 2017), este grupo traz a público este volume intitulado Circularidades políticas e culturais: formas – circuitos – recepção (Edições Verona, 2017), com o intuito de pensar o trabalho do historiador para além das dimensões críticas dos documentos analisados. Dito de outra maneira: a partir da confecção dos documentos é possível apreender seus circuitos e níveis de recepção? Tais indagações são de extrema importância quando se explicita que a produção desse material não é meramente aleatória. Pelo contrário, ela guarda sentidos e intenções, assim como, em princípio, visa a um público ideal. De posse dessas premissas, a motivação que congregou os colaboradores desse volume foi a de perceber como práticas socioculturais instituem relações simbólicas.

Circularidades Políticas e Culturais: Fronteiras – Linguagens – Cidadania

“Circularidades Políticas e Culturais” é o eixo temático que congregou um grupo de pesquisa estruturado internacionalmente. Criado no ano de 2010, esse grupo promove reuniões anuais alternadas entre Brasil e Itália, com o intuito de ampliar e renovar a sua interlocução, tendo sempre como horizonte o campo das circularidades. A escolha dessa perspectiva de investigação nasceu da vontade dos integrantes do projeto em estudar o impacto da cultura italiana no repertório artístico e intelectual da sociedade brasileira. Neste livro, que agora está disponível nas estantes virtuais, o leitor poderá tomar contato com uma parte significativa dos resultados obtidos.

Cinema e História do Brasil

“Cinema e História do Brasil” desvenda com clareza e profundidade a questão da historicidade da produção de filmes históricos. Trabalhando a partir de alguns casos particulares, Jean-Claude Bernardet e Alcides Freire Ramos mostram como um filme é histórico, não apenas por causa do tema abordado, mas também pela própria linguagem cinematográfica que utiliza. As razões do diretor, como as do historiador, podem ser mais reveladoras do que o próprio assunto do filme. Complementado por um Guia Didático de Filmes e por sugestões de leitura, esta obra, que agora chega às “prateleiras” das livrarias virtuais, é uma contribuição efetiva aos estudos da relação Cinema e História e, ao mesmo tempo, faz um convite para que novos pesquisadores venham a se interessar por essa área.